Os filhos são a imagem dos pais
Com frequência, ouço os adultos dizerem: As crianças de hoje não têm ânimo… As crianças de hoje não pulam como dantes, não vibram, estão apáticas.
E penso tantas vezes: E os adultos de hoje? Estão animados, focados, activos? Vibram com o que os rodeia?
Os miúdos são o nosso reflexo. Por isso é altura de nos responsabilizarmos: olharmos para o espelho, para quem somos, o que fazemos e percebermos o que estamos a reflectir. Os miúdos seguem-nos, securizam-se connosco, escolhem e crescem com os modelos que têm, olhando para o(s) espelho(s) que os rodeiam.
É momento de escolher o que quer reflectir: a sua forma de ser e estar, como vive a tristeza e celebra a alegria, como acredita no optimismo e como lida com a contrariedade. Eles vão ser o reflexo de cada um de nós, de cada adulto com quem se cruzam e contribui para o crescimento.
As crianças acreditam no que acreditarmos. Acreditam que há rebuçados mágicos que as acalmam só porque foram beijados pelo pai ou que uma tarde com a mãe no parque a observarem formigas e a imaginarem o que dizem e contam umas às outras é, muitas vezes, a melhor coisa do mundo, porque os pais acreditam. Mas também são rigorosas e verdadeiras a captar a apatia, a ausência de fantasia e a falta de empenho dos crescidos. Por isso é preciso acreditar com muita força!
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