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Bullying: todos somos responsáveis
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Bullying: todos somos responsáveis

  • Por Carina Bargueno
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  • Publicado Dezembro 12, 2017
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  • 0 comentários

Ressalvando desde já a necessidade da utilização do termo bullying, considero que o recurso a estrangeirismos se justifica quando não existe expressão equivalente na língua portuguesa. Ora esse é precisamente o caso do bullying, conceito que engloba um comportamento de consequências graves, mais do que uma palavra a traduzir. Serão as expressões “intimidação”, “provocação” e “vitimização” suficientes para a tradução? A resposta é não. Não se pode resumir o bullying desta forma. Bullying é a humilhação de forma sistemática e organizada de uma pessoa ou de um grupo (os agressores) para com outra pessoa ou um grupo (os agredidos), perante outros indivíduos que nada fazem para impedir a situação (as testemunhas). De facto, podemos intimidar ou provocar sem estar a fazer bullying. Se há noção de que o ato de intimidação afeta o outro sujeito e, em consequência dessa noção, há arrependimento, então não se fala em bullying.

O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais indivíduos contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais e o desequilíbrio de poder são características essenciais do bullying. Bullying engloba terror, controlo territorial e perseguição sistemática.

As crianças que sofrem bullying, dependendo das suas características individuais e das suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, podem não superar os traumas sofridos na escola. Podem crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa autoestima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Mais tarde, podem vir a sofrer ou a praticar o bullying no local de trabalho. Em casos extremos, alguns deles poderão tentar o suicídio.

Aqueles que praticam bullying, na vida adulta podem vir a apresentar o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho. Estudos realizados em diversos países sinalizam a possibilidade de que os autores de bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em atos de delinquência ou criminosos.

As testemunhas do bullying também são afetadas pelo ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temendo transformar-se em vítimas. Em certos casos, surge uma insensibilidade perante o sofrimento alheio.

O bullying nas escolas é um problema a nível mundial. Não se restringe a nenhum tipo específico de instituição: ensino básico ou secundário, pública ou privada, rural ou urbana. E acredito que as escolas que não admitem a ocorrência de bullying entre os seus alunos será porque desconhecem o problema ou porque se negam a enfrentá-lo.

Em Portugal, assiste-se a um crescendo nos relatórios sobre situações de bullying nas nossas escolas. Como principal órgão de formação e informação, cabe à Escola um papel importante na prevenção da violência. Os programas de prevenção nesta área devem ser implementados com a consciência de que o trabalho não se faz só no espaço da escola; os pais também são chamados a esta realidade, enquanto agentes capitais na socialização dos filhos. Portanto, a prevenção começa em casa, com o exemplo correto e a chamada de atenção na hora certa, mas toda a sociedade tem o seu contributo a dar para a resolução deste tipo de problemas. Todas as iniciativas nesse sentido são de louvar, em conjunto com os pontos atrás referidos. Assim se consegue uma educação efetivamente democrática, justa, capaz de combater este tipo de comportamentos violentos, reflexo de uma sociedade que promove a violência de forma gratuita. No próximo artigo, veremos as ações e iniciativas que estão a ser levadas a cabo em Portugal para minimizar a prática de bullying entre os mais jovens.

 

Image by Freepik


Tags bullying educar escola prevenir psicologia
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Carina Bargueno

Carina Bargueño

Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos. Psicóloga Clínica e Neuropsicóloga da Educação, fundadora e diretora do Gabinete de Psicologia e Terapias Integradas de Espinho e do CANEE- Centro de Apoio às Necessidades Educativas de Espinho, desde 2006. Escreve sobre Psicologia da Criança e do Adolescente e sobre o contributo das Neurociências, em particular da Neuropsicologia, para a excelência do rendimento académico de todos os alunos, em qualquer ciclo de ensino. Defende a inclusão de todos os alunos no Sistema Educativo, onde todos os alunos possam aprender com qualidade e no expoente máximo das suas capacidades.
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