
Quando as crianças usam a Internet: 9 cuidados a ter
Escusado será dizer que a internet revolucionou o mundo, criou e alterou comportamentos. Que foi impulsionadora de mudanças profundas nas estruturas da sociedade. A internet está em todo o lado: em casa, no trabalho, na escola, até nos espaços públicos. Os miúdos crescem com ela, como nós crescemos com a televisão.
Crianças de 7 anos (ou menos!) anos dominam a internet e as tecnologias como (ou melhor que) gente crescida. Sabem instalar aplicações, tirar fotografias, fazer vídeos, carregar ficheiros para plataformas, publicar e partilhar conteúdos. Dominam a linguagem e os símbolos. Sabem tudo.
Mas falta-lhes uma característica essencial para uma utilização consciente: não serem crianças. São um grupo vulnerável, mais frágil que não sabe distinguir bem aquilo que é seguro e não é.
Isolá-las deste universo não é uma alternativa e não é sequer bom porque significa mantê-las numa bolha. Mas sabemos que a internet tem um lado perverso. Por isso, é importante precaver, prevenir e garantir que a utilização é o mais segura e controlada possível.
1. Os pais devem conhecer todas as passwords
A privacidade é um conceito muito bonito, mas não é compatível com internet e crianças. Conhecer as passwords é uma forma de prevenir, de proteger, de segurança. Porque ninguém está livre de nada e aqui o controlo é essencial.
2. Fazer vistoria regular
A internet é um mundo gigante onde somos bombardeados com dezenas e dezenas de coisas que nem sequer pedimos para ver. A lógica é exatamente a mesma que em cima. Uma vistoria regular para ver onde é que andaram, o que é que viram, com quem é que falaram é útil e é uma forma de prevenção.
3. Não facilitar
Ter regras estabelecidas e saber dizer que não. Por exemplo: um miúdo de 10 anos não precisa de conta no facebook. Até poderá ter criado uma por causa dos jogos mas então não precisa da aplicação. O mesmo se passa com instagram. E com qualquer rede social. Se a usarem, controlar muito bem as amizades, as conversas e as publicações.
4. Estimular a visitas a sites mais interessantes ou sugerir youtubers bons
A internet tem coisas péssimas, mas a internet é uma ferramenta, cheia de projetos bem desenvolvidos e para todas as idades. E se os vamos deixar estar lá, que tirem proveito dela.
5. Proibi-los de, em circunstância alguma, revelarem a vida privada
Se a uma criança aparecer uma janela pop up a dizer que foi uma das grandes felizardas porque ganhou um iphone 10 ela é capaz de acreditar. Logo a seguir preenche o formulário com o nome, morada, telefone e envia. E quem fala nesta situação fala em tantas outras que envolvem revelar dados pessoais. Uma das regras para a utilização da internet tem mesmo de ser esta: não revelar nada. Nem nas redes sociais, nem em site nenhum.
6. Criar horários
Quanto mais tempo lá estão, mais expostos aos perigos ficam. Além disso, estar na internet torna-se um vicio. E uma criança é demasiado nova para ter vícios.
7. Ativar o modo restrito no youtube
Cá em casa temos um adepto do youtube. Esta é provavelmente a plataforma que mais miúdos chama. É um fenómeno. O modo restrito é uma opção que filtra conteúdo potencialmente não apropriado para menores, com base no título do vídeo, descrição, denuncias da comunidade ou vídeos com restrição de idade. Não é 100% eficaz, mas já ajuda.
8. Utilizar softwares de controlo parental
Todas estas questões da segurança e dos tempos excessivos passados agarrados aos aparelhos já foram pensadas e estudadas. Por isso já existem ferramentas que permitem definir um tempo de utilização da internet, assim como bloquear sites. Há outros mecanismos que têm a opção de impedir compras em aplicações de telemóvel ou tablet, por exemplo.
9. Conversar, conversar, conversar
Por último, a regra mãe: o diálogo! Conversar calmamente sobre todas estas regras, sobre todos os perigos da internet. Depois, preferir sempre tê-los por perto quando estão a usar o telemóvel, ipad ou computador e irem dialogando sobre aquilo que ele está a ver!
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