O exercício, esse grande regulador de emoções
Sinto-me mal? O que penso em primeiro lugar? Normalmente, num comprimido.
Crescemos na fé cega no que a farmácia tem para nos oferecer de alívio rápido. Naturalmente que existem muitas situações em que a farmacologia é crítica e mesmo vital. Mas muitas outras existem em que o que engolimos se destina a anestesiar-nos os sentidos, apenas. Tapar os incómodos, disfarçando-os o máximo possível, em tempo e magnitude. E é frequente observarmos isto na tentativa de controlo dos sintomas da ansiedade e da depressão- desagradáveis e de forte impacto na vida do dia-a-dia, sem dúvida.
Estando a tratar do problema em contexto de terapia, e se a severidade não for elevada, para quê depender de químicos que, por melhores que sejam, têm sempre efeitos secundários? Porque não dar instruções ao organismo para fabricar os seus próprios químicos, que têm o mesmo efeito ansiolítico e anti-depressivo, com a enorme vantagem de serem 100% naturais e sem qualquer contra-indicação?
Está mais do que demonstrado, para lá de qualquer dúvida, que o exercício físico cumpre com essa função.
Duas condições para que isso aconteça: é necessária regularidade e o que se encontra demonstrado é para exercício cardiovascular. Porque é precisa regularidade? Porque os químicos libertados – as endorfinas – têm tempos de semi-vida razoavelmente curtos, isto é, uma vez libertados no organismo, rapidamente desaparecem (algures nas 24-48 horas). E o que é exercício cardiovascular? Qualquer actividade física que faça o coração trabalhar mais.
Então? Porque é que ainda está sentado? Calce uns sapatos confortáveis e… go, go, go!
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