Incentivar a leitura das crianças – Como, porquê, para quê e quando?
Hoje em dia há uma grande variedade na oferta de bens de consumo para as crianças, todos incluídos (embora às vezes até de forma errada) na categoria dos “brinquedos”. Entre jogos, bonecos, consolas, tablets e outros materiais aparentemente mais apelativos e que apresentam resultados mais imediatos, os livros foram perdendo o seu lugar de destaque entre o público infantil e juvenil.
Daí a necessidade de voltar a aproximar crianças, jovens e famílias dos livros e das histórias e de criar nas crianças e jovens o hábito e o gosto pela leitura, ou o gosto e o hábito (nunca sei qual deve vir primeiro!) um dia de cada vez, todos os dias.
Como?
- Proporcionar espaços e tempos propícios e prazerosos para a leitura;
- Ter à disposição livros em quantidade e qualidade e adequados;
- Conhecer o gosto da criança ou jovem e respeitá-lo sem nunca perder a perspectiva de que é o adulto que deve ter a última palavra na escolha;
- Ler histórias com e para as crianças.
Porquê?
Porque estimular a leitura é importante desde cedo. Porque ao ler podemos viajar e conhecer o mundo sem sair do lugar. Porque é divertido.
Quando?
Desde cedo. Desde que a criança consiga manusear objectos na mão deve começar a contactar a ter contacto com os livros para que não sejam “objectos estranhos”. Antes da criança aprender a ler as palavras, ela vai aprender a ler imagens e o gosto pelos livros começa aí.
Para quê?
Para estimular a criatividade; desenvolver capacidades pessoais; promover o conhecimento e cultura geral; melhorar a expressão oral e preparar a escrita; influenciar estados de espírito; ajudar a lidar com emoções e sentimentos.
Os livros antigamente serviam exclusivamente para ensinar. Tinham como objetivo serem veículos de transmissão de informação, de morais e bons costumes. Hoje em dia já não é assim, o livro ganhou outro estatuto. Foi sofrendo transformações ao longo dos anos, dando-se cada vez mais importância ao carácter estético e lúdico. Encara-se o livro como um objeto com o qual se pode
estabelecer uma relação afetiva, com muito mais potencialidades do que apenas o ensino formal de conceitos, teorias e retificação de comportamentos.
Por todas estas razões e mais algumas que não me ocorrem neste momento, leiam… ontem, hoje e sempre!